segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Louco e Miseráveis

Uma das Canções dos Goliardos, jovens artistas, irreverentes, meio monges, mambembes e sem dinheiro, diz assim:

"Se o sábio
tem o costume
de construir sua morada
sobre a rocha
então sou um louco
pois sou como a corrente que avança
e cujo curso
jamais se detém
sigo adiante
como um barco sem piloto
como um pássaro vagando
pelos ares
nada me detém
nem chave nem grilhões
procurando meus semelhantes
junto-me aos miseráveis."


O grifo é meu.
É fácil verificar a quem, no Tarô, estes versos referem-se. Entre os medievais as figuras do Tarô eram recorrentes. E relembro da carta do Tarocchi di Mantegna, onde o Louco é nomeado de Misero. Le Fou, Fool, Le Mat, Misero... Nomes diferentes, mas com a mesma iconografia. E ouso dizer, com uma origem histórica e cultural bem definida.

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